quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Evento Mundial de Percussão


Acontecerá em Salvador de 29 de setembro à 1° de outubro O Panorama Percussivo Mundial (Perc Pan 2010), em sua 17 ª edição. O maior festival de percussão do planeta reúne então, na capital baiana, diversos nomes (e nomes bem diversos) para outra vez configurar-se no painel pluralista a que todos se referem. São artistas da música percussiva do México, Peru, Portugal, Estados Unidos, Macedônia, Benin, Brasil, entre outros. O critério de reunir a inovação à tradição continua ativo, mas para esta edição especialmente, o aspecto renovador está ainda mais evidente. E um exemplo disso é as presenças de Nortec Collective (o revolucionário grupo mexicano formado por DJs e vídeo artistas) e Edcity (o ex-vocalista do Fantasmão, um inovadores do pagode baiano), ou seja, para gostos muito ecléticos ou para todos os gostos. A grande novidade deste ano, entretanto, são as noites temáticas -com mestres de cerimônia-bateristas distintos para cada uma. São elas: Noite Sopro-Percussiva (Charles Gavin, batera dos Titãs); Noite Três Continentes (João Barone, o Paralama do Sucesso) e Noite Festa (Igor Cavallera, ex-Sepultura).

Informações sobre a programação em cartaz: http://www.tca.ba.gov.br



O Batuque da Percussão




A percussão é um dos caminhos para despertar a criatividade e a musicalidade de cada participante, assim como o desenvolvimento da coordenação motora e intelectual do indivíduo.
Uma das mais antigas formas de expressão instrumental artística, os instrumentos de percussão têm uma constituição e forma de tocar muito própria, o que pode tornar mais difícil a sua execução.
Um percussionista, para ser bastante completo em termos artísticos, necessita de desenvolver um conjunto de técnicas muito variadas, que passam pela independência auditiva e motora, as técnicas de afinação e percussão de cada instrumento, e o sentimento profundo de ritmo.
A percussão em turmas e grupos visa sociabilizar do individuo, tanto para a execução , quanto para o estudo da técnica. 


O desenvolvimento em conjunto além de formar músicos auxilia também na formação de bons ouvintes, contribuindo desta forma para um melhor nível musical e cultural, na tentativa de torná-lo mais exigente e consequentemente melhor.
Entretanto, nós latinoamericanos, sobretudo brasileiros, temos em nosso sangue a herança do batuque deixada por nossos antepassados negros e índios. Assim, podemos dizer de boca cheia que, em relação ao universo musical, fazemos com a percussão o relativo ao que fazemos com o futebol, no mundo dos esportes. Ou seja: somos os donos do pedaço!


Cássio - Logo ; Percussão






terça-feira, 14 de setembro de 2010

MÚSICA PARA CRIANÇAS JÁ!

Motivos não faltam para "soltar o som" com os pequeninos
Diverte e estimula a percepção e a criatividade. Esses são apenas alguns dos bons motivos para você fazer seu bebê escutar muita música. Saiba mais sobre como aproveitar bem essa forma de arte e... ligue o som!

1. Ouvir música é uma delícia

Deixando de lado qualquer justificativa lógica, médica ou pedagógica, a música é antes de tudo uma fonte de prazer. Alegra a vida, descansa, empolga e diverte. Partindo daí, o que ela pode trazer a mais, como a possibilidade de acelerar a aprendizagem, é lucro.

2. Ajuda no desenvolvimento cognitivo

Muito se fala de desenvolvimento. Da sociedade, de um país e, o que mais interessa aos pais, dos bebês. Afinal, quem não se preocupa em ver o filho crescendo bem, aprendendo na velocidade esperada? Por isso, é comum aparecerem dúvidas do tipo "será que ele está demorando demais a falar, a engatinhar?".

Para resolver essa inquietação, automática e saudável, cuidadores vivem em busca de maneiras de estimular os baixinhos a aprender o máximo – e o mais rapidamente – possível. Nessa empreitada, a música é uma aliada. Ao ouvir um clássico, por exemplo, a criança desperta, de forma muito intuitiva e natural, para a identificação de tons, ritmos, nuances e vibrações. E essa percepção por si só oferece uma gama de estímulos.

3. Boa para a concentração, boa para o raciocínio lógico

Pode soar contraditório, uma vez que a música oferece tantos estímulos, mas ela é capaz de relaxar e incitar a absorção de informações. Há uma linha de estudos que a relaciona com o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático. Uma pesquisa da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, feita com alunos que estudavam música, revelou que eles conseguiam um rendimento até 41% superior em relação aos demais em testes de proporções e frações. Quer mais? Em outra investigação da mesma universidade, um grupo de alunos que faziam aulas de piano apresentou um desempenho melhor em matemática quando comparados a colegas de até duas séries acima que não estudavam música.

4. A ginástica da alma

Muitas vezes, esquecemos de quanto o processo de crescimento de uma criança transcende aspectos físicos e intelectuais. Ninguém vai negar que ser um mestre em contas ou falar vários idiomas pode ser muito importante para o futuro de uma pessoa, mas será menos vantajoso se ela for tímida, introspectiva e insegura. Esse processo de posicionamento social envolve outras questões tão complexas quanto as do amadurecimento biológico. "Você pode formar um estudioso técnico, um repetidor, ou pode abrir mais canais de percepção, mais parâmetros para uma criança. A arte, em geral, contribui muito para isso", explica Yara Mangini Kuhn, diretora do Conservatório Musical Beethoven . Exercitar a arte incrementa a criatividade, a percepção e a intuição, características hoje muito valorizadas por empresas na hora de contratar. "É essencial para o equilíbrio de um indivíduo", frisa Yara.

A criança que aprecia música, independentemente do estilo, põe em prática a sensibilidade e a subjetividade. Ela associa sons a cores e sentimentos, por exemplo. "Certa vez, em uma aula, me surpreendi com um dos alunos, à época com 1 ano e meio, que encheu os olhos de lágrimas ao som de uma música que nem letra cantada tinha", relata Lilian Ipaves Cruz, formada em música e professora de musicalização infantil na MusicKids . O pequeno não estava sofrendo, apenas sentindo a melancolia da melodia.

5. Coordenação motora

Tocar um instrumento exige não só da audição mas também das habilidades motoras. "Autores perceberam que a prática musical faz com que o cérebro funcione em rede. O indivíduo, ao ler determinado sinal na partitura, necessita passar essa informação visual ao cérebro. Ele, por sua vez, transmitirá à mão o movimento necessário. Ao final, o ouvido acusará se o movimento feito foi o correto", explica Monique Andries Nogueira, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo. Vale lembrar que a coordenação motora não é beneficiada somente pelo exercício de violino, piano ou qualquer outro instrumento. Até a prática despretensiosa da dança tem essa capacidade. "A música auxilia na concentração e na coordenação de uma forma intuitiva", diz Yara Mangini Kuhn.

6. Inclusão social e cultural

"Com música, você enriquece o repertório cultural de uma criança. Ela é mais uma manifestação cultural de um país, de um nicho, de uma tribo. E reflete um tempo - não necessariamente presente -, uma história", ressalta Yara. Ao colocar seu bebê em contato com canções e melodias, você está aumentando o leque de referências dele, que ganha, assim, novos parâmetros para fazer comparações e associações. A música pode ainda despertar talentos para outros tipos de arte.

7. Música para relaxar

O contato com estímulos de todo tipo se dá de forma muito precoce hoje. Nem sempre de forma positiva, já que pode contribuir para a formação de pessoas desconcentradas, hiperativas e até estressadas. A música é uma ferramenta eficaz para desacelerar o ritmo. Quantos de nós já não apelaram para uma melodia suave quando a canseira no trânsito, por exemplo, chega ao auge? Com criança não é diferente. Uma pesquisa da Universidade de Toronto, no Canadá, comprovou a capacidade que os ritmos serenos têm de alterar o estado mental dos bebês.

"Há experiências na área de saúde, trabalhos em hospitais que utilizam a música como um elemento fundamental para o controle da ansiedade dos pacientes e até para ajudar na recuperação de coma", lembra a diretora do Instituto Beethoven. Não é à toa que a musicoterapia é uma prática reconhecida. E, se é capaz de influenciar o mais hermético e distraído dos adultos, imagine um bebê!

8. O papel dos pais

"O importante é a música fazer parte do desenvolvimento da criança", aconselha Yara Mangini. Existem cursos de musicalização infantil para bebês a partir dos 6 meses. "Até 3 ou 4 anos, não se trata de ensino de um instrumento. A partir dos 6 anos, a criança já tem condições de aprender a tocar, mas isso se ela quiser", explica Lilian Ipaves Cruz. No cotidiano, os pais podem entoar canções infantis ao dar banho e trocar a fralda do bebê, fazer brincadeiras ritmadas ou simplesmente ligar o som e deixar a criança se soltar.

9. O que a criança deve ouvir?

"A música clássica ainda é uma das melhores opções, por ser mais ordenada e rica. Mas existem outros estilos, e até discos de música popular brasileira específica para crianças", opina Lilian Ipaves Cruz. Já Monique Afrias compara essa escolha à montagem do cardápio do pequeno. "Um lanche fast food, de vez em quando, não faz mal a ninguém desde que a nutrição básica seja feita por uma dieta balanceada. Da mesma forma, os malefícios de ouvir uma música descartável podem ser minimizados se, em casa, você nutrir os ouvidos e o cérebro de seu filho com uma música rica, estimulante e de boa qualidade."

Seu filho não precisa se tornar um pianista, um guitarrista ou um cantor. Ele pode nunca aprender ou se tornar um virtuose em um instrumento. Pode ser apenas mais um apreciador da música. Isso já será uma contribuição para que ele se desenvolva e, ousamos até dizer, aumente as chances de ser um adulto feliz. Afinal, quem nunca ligou o som para se distrair e tentar fugir dos percalços da vida?

Por: Maria Luiza Lara

Fonte: Bebê abril